4 de março de 2011

O que é que o ESPUMANTE tem?

Inspirada pelo Carnaval e parafraseando a famosa canção de Carmem Miranda, começo o post a respeito do nosso espumante brasileiro com a pergunta:
Afinal o que é que o nosso espumante tem? Tem aroma? Tem acidez? Tem açúcar? Tem frescor?
A resposta é fácil, nosso espumante tem... EQUILÍBRIO... E Já diziam ‘O equilíbrio é a base de tudo’, e também a base de uma excelente garrafa de vinho.
Explico-lhes.
Condições climáticas de certas regiões do Brasil como o Sul de Minas ou os vinhedos de altitude de Santa Catarina, onde o ciclo da videira só ocorre uma vez por ano, determinado fundamentalmente pelas baixas temperaturas, o período de maturação coincide com o período chuvoso, afetando o acúmulo de açúcares o que dificulta o perfeito amadurecimento das uvas. Condição perfeitamente compensada pela segunda fermentação à qual são submetidos. Assim o que parecia impedir a produção de espumantes de qualidade é o DIFERENCIAL brasileiro.
Ao contrário de espumantes de regiões muito quentes (Argentina e Chile) onde a uva acumula grande quantidade de açúcares e consequentemente apresenta baixa acidez, originando espumantes geralmente desinteressantes e com falta de frescor, os espumantes das regiões vitícolas brasileiras apresentam a tipicidade que buscamos, originando vinhos com maior acidez, sendo nervosos, vivos e EQUILIBRADOS.
 E o equilíbrio entre açucares e ácidos das uvas com menor índice de maturação é a alma do vinho, pois favorece uma maior riqueza sensorial, traduzindo, melhora o CONVITE para apreciação do consumidor, O AROMA.
Afinal, o que queremos de um espumante?
 É a vivacidade, as borbulhas saltando da taça e a sensação picante no nariz, o Brasil tem grande potencial para produzir o espumante com esses tons, assim como nossa cultura alegre, o espumante entra no mercado dos vinhos finos com tudo que a bahiana tem...
A graça como ninguém tem!
Bom carnaval a todos que acompanham DiVino!
                                                                      Tim-Tim!
Carmem Miranda









Um comentário:

  1. Excelente...

    É o mesmo que ocorre com a região de Champagne, na França!

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